1 de out. de 2012

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Pessoas normais. Normalmente sabem se expressar. Tão bonito e singelo, as vezes estúpido, eloquente... Mas de certa forma os que rodeavam o totally lost boy (lost para os íntimos) faziam isso com maestria, causava certa inveja na verdade. Mas hoje foi o dia dele, foi um grande e apertado dia. Estranho no mínimo. Aliás, um mix tão grande de emoções que causaria inveja no mais simples poeta. Para começar, a grande confusão do momento foi retomada, a divisão era enorme, e não era uma divisão da alegria. Resolveu tomar atitudes por descarrego de consciência, precisava disso. Atitudes tomadas, era de se esperar uma fraqueza imensa. A pequena Smurf estava lá, como sempre estivera. Voltando a essas pessoas normais que sabem se expressar, elas choram. Uma incrível arte dominada por uma parcela estratosférica, mas não pelo lost boy. Em raras ocasiões, quando o liquido teimava em querer escapar, uma pesada mão logo os esmagava nas curvas de sua face. Hoje elas teimaram novamente, e na presença de alguém, o que foi mais bizarro. Suas lágrimas são tímidas. Também pudera, com tamanho esforço para contê-las, seria o mínimo a ser esperado. Mas dessa vez não sentiram o peso da mão fria, ao invés disso, um abraço se encarregou de seca-las, tão significativo, tão apertado, tão necessário naquele momento... Aquele que se esforçava ao máximo para estampar um sorriso naqueles que o cercam, por um momento, trouxe tristeza.
Não muito longe dali, um boêmio moribundo calado. É incrível a capacidade do lost boy de perceber suas fraquezas, se preocupa, mas não sabe abordar. Queria dar um abraço, mas estava despedaçado de mais, um abraço o quebraria, fácil. Enfim, era hora da rotineira viagem dentro do Yellow Submarine. Dois momentos, primeiro, a pequena Smurf descarrega uma lagoa de sentimentalismo no aparato do pequeno-grande garoto. Se conteve. Estava farto de sentimentalismo por aquele dia. No momento seguinte, é a vez do boêmio. Avassalador, sutil como uma bigorna, as tímidas voltaram, desavergonhadas, com força total. Como se tivessem aberto comportas de uma usina, as lágrimas dispararam. Forte, intenso. Não as culpo, alguns meses presas, durou e como durou. Toda a viagem lisérgica de volta pra casa, uma volta apertada, o corpo físico voltou, o espírito vaga, não sei por onde...

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